“Marcas de bronzeado” e “marcas de queimadura”: Ministro da Saúde alerta para bronzeamentos perigosos popularizados nas redes sociais

Tatuagem de sol , marcas de queimadura ou marcas de bronzeado : o Ministro da Saúde, Yannick Neuder, alertou na terça-feira, 29 de julho, sobre os perigos das tendências lançadas nas redes sociais que incentivam as pessoas a se exporem ao sol sem proteção, deixando marcas de bronzeado. "Por alguns segundos de buzz nas redes sociais, [os jovens] destroem suas células para o resto da vida. Só temos uma pele", disse o ministro à BFM-TV . Ele acrescenta que, com Clara Chappaz (Ministra Delegada para Assuntos Digitais), eles vão "apoderar-se" das plataformas para proibir essas mensagens que são perigosas.

"Queimar a pele voluntariamente para um vídeo no TikTok ou Instagram: é isso que tenho visto nas redes sociais há algumas semanas, com tatuagens de sol, marcas de queimadura e marcas de bronzeado", explicou Yannick Neuder em um vídeo postado em várias redes sociais na segunda-feira.

Essas tendências – promovidas principalmente em vídeos em inglês – envolvem deixar de usar protetor solar para criar marcas de bronzeado bem definidas ou desenhar um padrão com protetor solar para deixar uma marca, semelhante a uma tatuagem temporária. "Expor-se ao sol sem creme ou qualquer proteção, às vezes até com óleos ou monoi, fazer uma tatuagem temporária na pele enquanto se queima de sol: temos que impedir tudo isso, é muito perigoso", alertou o Ministro da Saúde e Acesso à Saúde.

A exposição aos raios ultravioleta (UV) é, de fato, o principal fator de câncer de pele. A cada ano, na França, entre 141.200 e 243.500 casos de câncer de pele são diagnosticados, incluindo 112.960 a 194.800 causados por exposição excessiva aos raios UV, de acordo com a Saúde Pública da França.

"Sabemos que queimaduras solares em crianças aumentam significativamente o risco de câncer na idade adulta, o risco de melanoma", insiste o Sr. Neuder.

Em sua campanha de prevenção pré-verão, o Instituto Nacional do Câncer Francês (INCa) esclareceu que não existe "bronzeado saudável". "Este último constitui uma agressão à pele, um sinal de uma reação desencadeada contra os danos causados pelos raios UV, sejam eles naturais ou artificiais. Uma pele bronzeada indica, portanto, que o DNA sofreu danos", insiste o instituto.

Durante a exposição ao sol, o uso de protetor solar é essencial e deve ser reaplicado a cada duas horas, mas mesmo os protetores solares mais eficazes – FPS 50 – não filtram todos os raios UV.