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Especialista sobre o plano financeiro do Fundo Nacional de Saúde: estamos voando no piloto automático, mas sem acesso ao cockpit

Especialista sobre o plano financeiro do Fundo Nacional de Saúde: estamos voando no piloto automático, mas sem acesso ao cockpit
  • Em 2024, o plano financeiro da NFZ para 2025 não foi aprovado por ninguém. E daí? E ainda estamos no jogo — aponta o advogado Beniamin Kołodziej.
  • Ele acrescenta que, da perspectiva do prestador de serviços, nada mudou. — Os contratos estão em vigor. Os acordos estão sendo implementados. Os cronogramas de financiamento permanecem inalterados. Ninguém está suspendendo serviços, ninguém está suspendendo agências — ressalta.
  • - O paciente? O paciente continua na fila para ver o endocrinologista. E se o plano foi assinado ou não, para ele a diferença é menor do que entre "NFZ paga" e "NFZ paga depois" - explica.
  • Ele afirma que o problema começa quando o sistema precisa de correção.
Mais de 200 bilhões de zlotys para a saúde dos poloneses. Conhecemos o plano financeiro do Fundo Nacional de Saúde para 2026.
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Há uma regra não escrita no sistema de saúde polonês: se algo deve funcionar, funcionará – mesmo que formalmente não deva. O último episódio desta série é a história do plano financeiro do Fundo Nacional de Saúde para 2025, que não foi aprovado. E o quê? E nada. O fundo está funcionando. Os hospitais estão funcionando. Os benefícios estão sendo financiados. E o paciente? Bem, o paciente, como sempre, não percebeu nada.

Em teoria, um plano financeiro é sagrado. Na prática, basta que alguém o tenha escrito.

De acordo com o art. 121 da Lei sobre serviços de saúde financiados por fundos públicos, o procedimento se assemelha a um manual de gestão: o presidente do Fundo Nacional de Saúde prepara um projeto de plano, envia-o para parecer (comissões parlamentares, Conselho do Fundo) e então "o ministro responsável pela saúde, em consulta com o ministro responsável pelas finanças públicas, aprova o plano financeiro do Fundo" (art. 121, seção 4 da Lei).

Palavra-chave: "acordo". Portanto, não uma assinatura conjunta, mas consultas. E a assinatura é apresentada pelo Ministro da Saúde. Teoricamente, até 31 de julho do ano anterior. Exceto – surpresa – em 2024, o plano para 2025 não foi aprovado por ninguém. E o quê? E ainda estamos no jogo.

O legislador previu esse cenário. Na ausência de aprovação, a versão apresentada pelo presidente do Fundo Nacional de Saúde está em vigor. Ou seja, algo como uma "versão funcional", mas na qual todo o complexo sistema público de saúde pode funcionar. Não há aprovação, mas há dinheiro. Não há acordo político, mas há transferências. Benefícios são acertados, concursos são anunciados e ninguém menciona o problema na linha direta.

Isto não é uma brecha legal. É uma medida provisória. E – como é o caso na Polônia – uma medida provisória com a perspectiva de um ano inteiro de operação.

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Os hospitais não estão em pânico. O paciente não sabe de nada. Ou seja, a situação padrão

Da perspectiva do prestador de serviços, nada mudou. Os contratos estão em vigor. Os acordos estão sendo implementados. Os cronogramas de financiamento permanecem inalterados. Ninguém está suspendendo serviços, ninguém está suspendendo agências.

Paciente? O paciente ainda está na fila para consultar um endocrinologista. E, independentemente de o plano ter sido assinado ou não, para ele a diferença é menor do que entre "NFZ paga" e "NFZ paga depois".

O problema começa quando o sistema precisa de correção. Novas tarefas, mudanças nas avaliações, aumento de custos, desempenho acima do esperado, inflação, aumentos estatutários — tudo isso exige uma alteração no plano financeiro. E isso não pode ser feito sem um plano base aprovado.

Não aprovado? Isso não pode ser alterado. Você quer transferir verbas para psiquiatria? Que pena. Você quer contribuir para programas preventivos? Espere. Você quer responder a uma situação de crise? Talvez no ano que vem.

O sistema funciona, mas em pistas que foram criadas na temporada passada. E não há trocas. De acordo com o Artigo 124 da Lei de Serviços de Saúde Financiados por Fundos Públicos, apenas alterações no plano financeiro aprovado pelo Fundo são feitas.

A aprovação do plano financeiro não é um procedimento técnico. É um ato político. O Ministro da Fazenda não assinou o plano porque – citando o Vice-Ministro Neneman – "o plano não incluía muitas tarefas do Fundo Nacional de Saúde". Em outras palavras, de fato, os custos de aumentos estatutários ou novos programas não foram incluídos. O Ministro da Fazenda não queria assinar um documento que já era impossível de implementar no dia de seu anúncio.

Por outro lado, o Ministro da Saúde não pressionou. Porque aprovar um documento com uma falha também é um ato de assumir responsabilidade. E se não for possível aprovar e continuar atuando, por que não?

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De acordo com o regulamento, o Ministro da Saúde é responsável pela aprovação do plano. O Ministro das Finanças é apenas um parceiro no acordo. Ou seja, se o plano não foi assinado, não foi porque o Ministro das Finanças não concordou, mas porque o chefe do Ministério da Saúde não se arriscou a assinar.

A falta de aprovação não acarreta consequências jurídicas para os prestadores de serviços. Não interrompe as atividades do Fundo Nacional de Saúde. Mas limita a possibilidade de manobra e desenvolvimento. E, em última análise, alguém é responsável por isso. E será o Ministro da Saúde.

A situação toda é um pouco como um voo de avião, onde o sistema de piloto automático funciona perfeitamente, mas ninguém tem acesso à cabine. Estamos voando, mas não sabemos exatamente para onde. Além disso, não há muito o que fazer para mudar o curso. E se surgir turbulência, haverá um problema.

O sistema de saúde polonês opera sem um plano financeiro aprovado. Legalmente, sistematicamente, com calma. Mas isso não é normal. É uma exceção legal. A transitoriedade se baseia na rotina.

Agora será como sempre. Talvez o plano seja assinado, ou talvez ele entre em vigor até o final do ano na versão "CEO". O paciente não notará nada. O hospital talvez sinta algo se a situação se tornar dinâmica. O Ministro da Saúde finalmente terá que assinar algo. Ou não.

Afinal, neste país, ninguém mais pergunta "algo funciona?", mas sim "alguém já assinou?". E cada vez mais, a resposta é "não, mas funciona".

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