Sofrendo de esclerose lateral amiotrófica: ele atravessará o Canadá em sua cadeira de rodas elétrica neste outono

Um homem de cinquenta anos que sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA) há três anos fará uma viagem pelo Canadá em sua cadeira de rodas elétrica neste outono para arrecadar fundos para pesquisas sobre essa doença incurável.
A expectativa de vida após um diagnóstico de ELA varia de três a cinco anos. Para Yannick Richard, não há dúvida de que as estatísticas guiam seus planos de vida.
Apesar das pernas paralisadas, o homem de Prévost começará a travessia do Canadá em 22 de setembro.
"Com a nossa doença, ficamos cada vez mais paralisados, e isso pode acontecer muito rápido. Antes que eu não consiga mais me mexer, decidi aproveitar o tempo que tenho para encarar um desafio que sou capaz de enfrentar", enfatiza.
Projeto ambiciosoDurante os 35 dias que ele planeja completar esta jornada, ele planeja arrecadar fundos para pesquisas, conhecer outras pessoas com ELA e documentar tudo isso como base para um projeto de conferência que ele almeja.
Este é um projeto ambicioso para alguém com ELA. Tal desafio poderia acelerar a perda de habilidades do Sr. Richard. Mas ele escolheu encarar esse risco como uma fonte de inspiração.
"O que você perde com a ELA, você não recupera. Mesmo sendo um desafio mais arriscado para mim, decidi fazê-lo mesmo assim. Pode não ser um risco tão grande, mas posso estar igualmente comprometido quando voltar. Mas digo a mim mesmo que é preciso desconforto para se inspirar", continua ele.
A doença se manifestou pela primeira vez na vida do Sr. Richard há três anos, enquanto ele estava caminhando.
"Torci o tornozelo. A ELA geralmente começa assim. Você sente fraqueza muscular nos tornozelos, nas mãos ou na fala", explica ele.
Pesquisa, uma fonte de esperançaFoi tratado como se fosse uma simples torção. No entanto, com o tempo, a força muscular não retornou, apesar dos exercícios de fortalecimento.
O Sr. Richard passou por uma série de exames ao longo de um ano, incluindo ressonância magnética e ultrassonografia.
Foi, em última análise, um eletromiograma — um exame médico que registra a atividade elétrica dos músculos e nervos — que levou ao diagnóstico de ELA.
Essa notícia, é claro, foi um verdadeiro choque para a família, já que o Sr. Richard é pai de três filhos.
Hoje, o Sr. Richard está bem, apesar de tudo. Nos últimos 16 meses, ele vem recebendo tratamento específico para a forma de ELA que ele tem.
"Funciona para mim. A doença está cerca de 95% estável", diz ele.
O famoso desafio do balde de gelo deu impulso à pesquisa e uma série de medicamentos estão sendo estudados.
"A ELA existe há 150 anos e ainda não há cura", diz ele. "Eu mesmo fiz o desafio há 10 anos e nem sabia que era para ELA."
Para apoiar a campanha do Sr. Richard: https://www.jedonneenligne.org/slaquebec/don/
Uma travessia ambiciosa- Partida: 22 de setembro – Field, Colúmbia Britânica
- Chegada: 25 de outubro – Prévost, Quebec
- Distância: 4500 km
- Distância diária: 150 km (aproximadamente cinco horas por dia)
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LE Journal de Montreal