Assédio na faculdade de veterinária de Alfort: a administração convoca uma reunião de emergência após investigação.

O objetivo desta reunião era "ouvir os representantes dos funcionários", e o conselho para o ensino e a vida estudantil (CEVE) "também será convocado", disse o ministério.
Uma unidade de reportagem independente, separada do ministério, recebeu "quatro denúncias referentes à escola nacional de veterinária de Alfort" nos últimos anos, prosseguiu o ministério.
"Em três casos, a unidade não encontrou quaisquer elementos sistémicos que caracterizassem casos de violência, discriminação, assédio moral ou sexual ou comportamento sexista" e as investigações "mostraram que a faculdade de veterinária e o ministério tomaram as medidas de proteção necessárias, nomeadamente através de reorganizações de serviços", acrescenta.
"Em relação a um dos casos, dada a complexidade da situação, o ministério confiou uma investigação administrativa às inspetorias gerais."
Uma investigação da unidade de investigação da Radio France, publicada no sábado, afirma que a procuradoria de Créteil abriu um inquérito preliminar por assédio moral e discriminação sexista contra o estabelecimento, informação que a AFP não pôde confirmar de imediato.
Esta investigação surge na sequência de uma queixa apresentada "em julho passado por Valérie Freiche, veterinária especializada em gastroenterologia na Enva", que afirma ter "sofrido durante anos "assédio moral, comentários humilhantes e aborrecimentos", nomeadamente por parte do (diretor) Christophe Degueurce", segundo a Radio France, o que a direção negou.
Os meios de comunicação relatam que o suicídio, há algumas semanas, de uma jovem de 24 anos, que deveria iniciar seu estágio no hospital veterinário anexo à faculdade após ter estudado lá, trouxe à tona diversos alertas emitidos "há vários anos sobre disfunções internas ligadas ao estresse, sobrecarga de trabalho, práticas de gestão e situações de assédio".
O caso do suicídio de um professor de anestesiologia, ocorrido há alguns anos, está bem documentado. Diversos depoimentos também relatam acusações de "assédio sexual" por parte de um chefe de unidade, com denúncias feitas ao ministério, antes de este receber a Legião de Honra, segundo a Rádio França.
SudOuest




