Nova queixa de uma mulher com câncer que aguarda há oito meses a medicação para iniciar a quimioterapia.

Após a notícia do falecimento de Maritza Ramírez, paciente diagnosticada com hipertensão pulmonar grupo 1, após mais de onze meses sem receber os medicamentos vitais de que necessitava, circula nas redes sociais mais um caso de uma indígena de Meta que sofre de câncer de mama e que não recebeu os insumos necessários para iniciar a quimioterapia.

A denúncia se refere a uma mulher indígena identificada como María Constanza, que há oito meses não recebe os medicamentos de que necessita do Sistema de Saúde Pijaos Salud.

Por meio de uma petição, María Constanza explica que está filiada à instituição em regime subsidiado e que em janeiro de 2025 foi diagnosticada com um "tumor maligno de mama, parte não especificada".

Para realizar o tratamento — que o documento especifica como uma terapia antineoplásica altamente tóxica — ela precisa que o EPSI Pijaos Salud lhe forneça medicamentos como Carboplatina, Docetaxel, Pertuzumab e Trastuzumab, além de outros suprimentos necessários.

"Apesar da urgência do caso, a Pijaos Salud EPSI não conseguiu agendar o tratamento. Isso significa que, até o momento, oito meses após a ordem médica, o mesmo ainda não foi iniciado", afirma a petição, datada de 9 de setembro, em Puerto Gaitán (Meta).

O documento acrescenta que durante um exame médico realizado na mesma data, no departamento de mamologia, foi constatado que "o tumor havia aumentado de tamanho e o linfonodo axilar havia sido comprometido".

A denúncia gerou indignação e foi compartilhada em diversas contas pela rede social X.

Em junho passado, um relatório da Procuradoria-Geral da República (PGN) solicitou à Superintendência Nacional de Saúde que avaliasse a intervenção imediata do EPSI Pijaos Salud, dada a sua grave crise financeira. Na época, o EPSI tinha pagamentos pendentes a vários hospitais em todo o país, totalizando mais de 16 bilhões de pesos.